Agentes penitenciários que atuam em unidades prisionais no Estado de São Paulo estão em greve. Agentes da Penitenciaria Compacta de Paraguaçu Paulista também aderiram a greve e dentre os motivos das paralisações destacamos alguns:
Correção de reajuste salarial de 20,64%, referente ao período da inflação aos exercícios de 2007 a 2012, e mais 5% de aumento real do salário, criação da Lei Orgânica para ASPs e AEPs, correção do auxilio – alimentação e fim do teto base, fardamento para ASPs ou valor em dinheiro, interstício de três anos e promoção de 30% dos funcionários ao ano, fim da LPTR e agilidade na LPT, aposentadoria integral aos 25 anos de contribuição e mais paridade (conforme decisão do STF), convocação remunerada durante a realização de blitz e criação de mais uma folga SAP, totalizando duas ao mês.
Ainda, redução de classes, passando de 8 para 6. Assim, o ASP da classe VI passa a receber os valores do ASP de classe VIII, o ASP da classe V passa a receber os valores do ASP de classe VII, o ASP da classe IV passa a receber os valores do ASP de classe VI, o ASP da classe III passa a receber os valores do ASP de classe V, o ASP de classe II passa a receber os valores do ASP de classe IV, o ASP de classe I passa a receber os valores do ASP classe III.
Os agentes que atuam em Paraguaçu Paulista também fazem várias outras reivindicações:
A Penitenciaria de Paraguaçu Paulista foi criada para abrigar 768 (setecentos e sessenta e oito) sentenciados condenados a principia pelo crime de homicídio primário. Mas hoje conta com 1704 (mil setecentos e quatro) sentenciados,condenados a diversos crimes e delitos, a unidade conta atualmente com mais de 1700 (mil e setecentos) sentenciados e um total de apenas 90 (noventa) agentes de segurança penitenciaria trabalhando (sem estar afastado de licença ou de folga) na segurança da unidade que estão divididos em 4 (quatro) turnos. Isso da uma media nos turnos do dia trabalhando na segurança dentro das muralhas apenas 20 (vinte) agentes de segurança penitenciaria.
A sobrecarga de trabalho e responsabilidades aliada a preocupação com os riscos com segurança pessoal e coletiva, bem como das instalações penitenciarias esta levando os funcionários a exaustão e ao estresse emocional podendo piorar ainda mais 0 déficit de pessoal com os servidores ficando doentes e precisando se afastar das atividades profissionais por motivo de licença médica.
“O silêncio faz com que a sociedade imagine que está tudo perfeito. Precisamos mostrar a sociedade a atual e real situação que hoje é vivida dentro do sistema prisional de nosso estado.” Afirmou um dos agentes que aderiu a greve.
Varias outras situações foram colocadas pelos agentes e em breve estaremos publicando.