Déjà Vu (Já Visto) ed. 03/10/2015
por: Carlos “Cam” Dantas
e-mail: colunistacarloscam@gmail.com
Novamente o “pinóquismo”
Um clássico DÉJÀ VU TUPINIQUIM se verificou na terça-feira, 22/09, no programa “Bom Dia Cidade” levado ao ar pela Rádio Avaré-AM, sob o comando de Clóvis Guerra. Tudo porque o entrevistado, ex-prefeito Wagner Bruno, repetiu o erro de exatamente 11 anos, 7 meses e 4 dias atrás quando no programa “Hora Extra Interativa” cometeu o mesmo deslize (pra não falar outra coisa): faltou com a verdade quando se referiu às verbas publicitárias consumidas no seu governo (2001/2004), de triste memória, e envolveu novamente o Diário da Terra. A realidade nos aponta que Wagner Bruno e seu grupo (PT) já decidiram tirar o time de campo e deixar o governo Poio. Só estão protelando o anúncio oficial, esperando o melhor momento, sendo que indicarão o ex-prefeito para concorrer ao cargo nas eleições de Outubro de 2016; isso se a Justiça Eleitoral permitir. Podem aguardar! (Também a “chiadeira” interna). Assim W.B quer criar um fato novo, e sai atirando pra todo lado. Seus próximos alvos já estão na alça de mira: Jornal Interativa e Jornal do Ogunhê.
Com o título “O PINÓQUISMO E A ARTE DE MENTIR DO POLÍTICO” foi assim delineado na edição do Diário da Terra de 21/03/2004, “ipsis litteris”, e se tivesse que responder, “na lata”, para o ex-alcaide avareense, diria que, como escrevi em artigos anteriores no final de seu mandato, “ele foi enterrado (politicamente falando) com uma pá de cal e de cabeça pra baixo pelos seus Secretários para nunca mais voltar no cenário eleitoral avareense”. Sendo assim, nem sabemos por que insiste!
Começa assim: Mentir, segundo o mestre Aurélio significa o mesmo que “afirmar alguma coisa que sabe ser contrária à verdade, errar, degenerar, cessar de ser bom, induzir em erro ou engano, dar indicação contrária (...)”. A mentira é uma anomalia já enraizada na política tupiniquim. Brasília que o dia. O político mentiroso, se contumaz, precisa (e deve) merecer atenção especial. E tratamento psicológico.
O político Wagner Bruno faltou com a verdade em muitos momentos durante a entrevista que concedeu ao Programa “Hora Extra Interativa”, comandado pelos radialistas/jornalistas “Kadú” e “Capitão”, na quarta-feira, dia 17. Particularmente ao afirmar que o “Jornal Diário da Terra” vivia às custas da Prefeitura, por isso agora é oposição, devido à criação do Semanário Oficial.
O DT sempre praticou um jornalismo sério, investigativo e acima de tudo, com credibilidade. Quando às denúncias de graves irregularidades dentro da atual Administração começaram a “brotar aos borbulhões”, a princípio acreditamos ser fruto de algum ressentimento pessoal por parte de seus autores, Dr. Luiz Carlos Dalcim e Sr. João Batista Leme. Confessamos (e nos penitenciamos por isso) que no início não demos muito crédito. Mas com o passar do tempo, novos ilícitos fluíram à tona, provas documentais consistentes apresentadas e as CPIs só não foram imediatamente instauradas na Câmara, devido às manobras políticas deflagradas nos bastidores pela “tropa de choque” governista.
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E quanto à verba publicitária citada, nunca exigimos nenhuma publicação. Ganhamos sim uma licitação limpa, dentro das exigências legais, frustrando alguns fiéis escudeiros do Alcaide, eis que haviam indícios da concorrência ter sido direcionada para um outro Jornal, fato levado ao conhecimento do Sr. “Glauco do Tuta” dois dias antes da abertura dos envelopes. E quando do início da circulação do Semanário Oficial, ficamos na mesma situação que os outros Jornais que aqui circulam, ou seja, só publicando aquilo que a Secretaria de Comunicação, comandada pelo Sr. Cláudio Guerra, mandava publicar. Em face disso, nada mais justo que receber pelo espaço ocupado no Jornal, mas, infelizmente, com o Diário da Terra isso não ocorreu. O Secretário Cláudio Guerra deixou o Governo, nossa Nota Fiscal desapareceu (1ª via), o Secretário Silvano Porto que assumiu também a pasta de Comunicou ficou de resolver o pagamento, juntamente com o Assessor Jurídico César Cruz, mas até agora...
Mais de um ano de empurra-empurra, mentiras e promessas vazias, e nada do pagamento de mais de 10 mil reais devidos na época das publicações, conforme comprovantes que temos em mãos.
Essa é a verdade que o Prefeito Wagner omitiu, eis que tudo aqui relatado é de seu conhecimento. Ninguém quer viver “na sombra” da Prefeitura, sim receber o que lhe é legalmente devido.
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Precisa também o Sr. Prefeito parar de querer “tapar o sol com a peneira” e culpar a oposição pelas mazelas de sua Administração. Após duas tentativas frustradas de chegar ao Poder, passou da comodidade de atirar pedras para estrelar no difícil papel de ser vidraça. O impacto da estréia no complicado filme da política Avareense, digamos, não foi (e não está sendo) dos melhores para a troupe governista, pois ficou recheada de discursos vazios e constantes criação de factóides. Ou seja, de mocinhos bonitinhos da oposição, passaram a vilões e pais de filhos desnaturados da situação. Experimentam nesses 3 anos e 6 meses as agruras do Poder e suas conseqüentes responsabilidades. Esse primeiro (e ao que tudo indica, o último) mandato para a Administração “limpa e transparente” tem sido pontuado por más interpretações e performances, se ainda não comprovadas judicialmente de vergonhosas, podemos considerá-las pífias.
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As denúncias de irregularidades e possíveis ilícitos cometidos são muitas e enodoa a Administração Pública Municipal. E mesmo assim tentam esconder tudo embaixo do tapete. Mas o Judiciário agora também está dirigindo a película e quer alterar o enredo. Esperamos que o final seja feliz e os vilões sejam desmascarados.
Todo o elenco situacionista vai mal e o roteiro bem repetitivo. Na tentativa de perpetuar a imagem do bom-mocismo com falas cheias de promessas e melhorias para o município, a produção cinematográfica do Governo Wagner Bruno recorre a artifícios já conhecidos, como culpar os adversários políticos pela sua própria incompetência administrativa. Enquanto insistem neste estilo de agir “eleitorialista”, se esquecem de lições básicas no script da Administração Pública e deixam a platéia Avareense boquiaberta; por demais preocupada.
Tudo leva a entender que o medo de ser vidraça faz da atual Administração embaraçada e, por vezes, ela perde completamente a noção de que hoje precisa alterar o discurso e que quando a performance anda mal é hora de dar uma reviravolta no roteiro. Ou corre-se o risco de perder público. Mas a pergunta que fica é: Será que ainda dá tempo até as eleições de Outubro?